quinta-feira, 12 de junho de 2008

A Questão da Água

Uma das questões que volta e meia ocupam a minha devaneada cabeça é a questão da água. Muitas vezes não nos damos conta, ou nos damos, de que gastamos uma quantidade muito grande de água, em muitas das nossas ações corriqueiras da nossa vida: fazer a barba, lavar a louça, tomar banho, dar a descarga, enfim. Só basta ficarmos sem água no nosso bairro que os damos conta da importância imprescindível que ela faz na nossa vida. O fato é que gastamos água demais e temos que começar desde já a diminuir os nossos consumos diários!!!

Em muitas regiões do Oriente Médio 3 litros de água é mais valioso e caro que 30 litros de gasolina!!! Hã, é óbvio... lá é deserto e só tem jazidas de petróleo! Sim, mas mesmo assim o problema, eu insisto, é sério, assim como nós sabemos que um dia o petróleo vai acabar (e já está acabando...). A água, se não for administrada corretamente, vai escassear também e tornar-se um dos itens de necessidade básica mais caros. Como já o é na Europa, inclusive. Basta irmos ao SuperMercado e já temos água mineral da Nestlé... Será que este interesse de uma das maiores multinacionais de indústrias alimentícias por água “toscamente” mineral é algo meramente despretencioso, somente para angariar mais uma frente de atuação no mercado? Nestes casos sempre é bom partir do princípio da desconfiança constante.

No caso do Brasil água ainda é um item relativamente “barato” e por consequência, inconscientemente, considerado “banal”. Basta observarmos o comportamento da maioria da população. Pessoas “varrendo” calçadas com a mangueira, playboizinhos lavando as suas extensões penianas (leia-se carro) exagerando absurdamente com o uso da água, fazer a barba ligando e desligando a torneira, escovar os dentes e não desligar a torneira...

Sou um grande adepto e entusiasta das causas práticas quotidianas e também tecnológicas, de meios para economizar e “reciclar” os usos da água. Fico veladamente, mas extremamente, indignado em saber que a cada descarga dada por mim, jogo em cima do meu cocô 5 litros de água potável, a qual poderia ser tomada por qualquer pessoa!!! É um uso que tem que ser repensado. Falo isso, por motivo de uma tecnologia desenvolvida por engenheiros da UFRGS, que reutiliza a água da pia e do banho para a descarga da privada. É uma água que pode não servir para gente beber, mas serve para mandar o nosso cocô embora.

Outra prática legal é de durante o banho desligar o chuveiro enquanto se ensaboa. A média de gasto, em um banho inteiro, é de 20 a 40 litros de água e, com essa prática, o consumo diário varia entre 5 a 10 litros. É uma economia não apenas razoável, mas muito consciente. Também é valida a variante (para aqueles que sentem frio o tempo inteiro no banho) de diminuir o tempo de banho.

O motivo maior pelo qual escrevi este texto é porque sempre imagino um futuro, não muito diferente daqueles filmes pós-apocalípticos, que água é algo raro e que sempre há algum velho, ou seja nós, que fala com saudosismo da época em “isso poderia ser evitado”...

2 comentários:

Laura disse...

Por sinal, acabei de lembrar que esqueci minha garrafa de agua no ingles....
Mas concordo contigo, apesar de fazer algumas coisas prejudiciais para a diminuição do consumo de água...
Beijo

MEMÓRIAS disse...

oi!!!

se o objetivo era melhorar o português... ponto pra ti: escreveste QUotidiano... gostei!!!

não sabia que tinhas blog!!!

bjão,