sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ao nosso “Amigão do Bairro”



Figura irresistível do anti-herói ou herói torto, o é porque possui defeitos e dá vazão ao nosso lado mais humano. Não somos 100% certinhos e sabemos disso. Sempre temos um lado mais obscuro que, mesmo sem concretizar alguns atos ou falas temos vontade de faze-lo e, na maioria das vezes, pensamos: e se tivéssemos feito tal coisa, tal comentário, mostrado mais raiva, enfim, o milênio... Por consequência disto nos identificamos (pelo menos no meu caso) muito mais com aqueles que passam algum perrengue. O caso do Homem-Aranha surgiu para Stan Lee e Steve Ditcko quando eles viram a distância que os heróis tinham perante o público que mais os lia, ou seja, os adolescentes e pré-adolescentes, principalmente. Era necessário um personagem que fosse enquadrado no meio de vida dos adolescentes e sofresse os seus mesmos problemas. Tais como (a maioria sabe muito bem, mas vamos a eles): o enquadramento no colégio, exclusão, a paixão não correspondida.
Quem lê ou já leu se surpreende pois, um super-herói com poderes característicos de uma aranha não teria como se dar bem num universo cheio de heróis e vilões infinitamente superiores de poderes. Aí que entra a genialidade de Stan Lee, apesar da “inferioridade” de seus poderes frente a outros personagens da Marvel, o Cabeça-de-Teia é dotado de inteligência, por ser um Nerd dos infernos. Por muitas vezes Peter Parker utiliza-se do seu intelecto para superar seus inimigos (ele é um dos mais cabeções entre os cabeções do universo marvel), assim como piadas jocosas para desestabilizá-los (característica pela qual o herói é um dos mais queridos nos gibis). Mas, o que mais chama atenção também é a profundidade humana do personagem, no que tange a problemas comuns. Por muitas vezes o nosso herói pega ônibus ou outros meios de transporte simplesmente para economizar as suas teias (originalmente Peter Parker, na sua transformação, não tinha a capacidade de produzir teias, utilizando-se de lançadores especiais feitos por ele mesmo) ou ao se confrontar com algum vilão pensava: “E eu ainda tenho que pagar a luz lá de casa”, ou mesmo o clássico: “por que esses caras não se escondem em lojas de departamentos ou padarias?!”, quase sempre quando tinha que embrenhar-se no esgoto para encontrar vilões. Isto é algo que distoava horrores de outros heróis como os X-mem ou os Vingadores, que a principio não tem problemas com contas a pagar, o que colocava o Homem-Aranha num patamar acima dos outros em relação a sua aceitação do público. Como não podia fugir do padrão: “heróis são heróis porque tem uma culpa que pesa sobre eles a todo momento”, Stan Lee colocou no principal conflito deste herói a famosa frase: “com grandes poderes sempre vem grandes responsabilidades” referente ao seu tio morto devido a sua negligência e arrogância. Isto é algo que lhe vem a mente de cada 1 em 3 revistas dele, quando pensa em deixar para lá alguma injustiça ou perigo (e não foram poucas vezes que ele pensou em deixar de lado) exatamente por motivos óbvios: família, vida, cansaço...
Enfim, escrevi isso pois sou NERD de carteirinha e tinha listado isso como assunto para postar aqui no blog. Acredito que dentre em breve devo falar de um tema muito legal (para mim pelo menos) Batman X Superman. Ou sobre a profundidade da obra de Frank Miller (eterno gênio): “O cavaleiro das Trevas”.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Semana Pós - Joss Stone


Fazem umas duas semanas que fiz uma das coisas mais legais da minha vida. Após 1 Lenny Kravitz e 1 Perl Jam de Bunda Molice a posterior frustração por não ter ido, finalmente: "A Redenção!!!" fui ao Show da Joss Stone. E curti Muito!!! Agora tenho o privilégio de me lembrar do Show toda vez que escutar a Joss Stone... Me lembro a 1º vez que havia ouvido falar desta cantora, foi em 2004 num comentário ao seu primeiro álbum, The Soul Sessions, na veja (azar o seu!!!). Era uma inglesa loira e ainda por cima com 16 anos. Quando havia lido até não desconfiei muito por que críticos de música geralmente são um pouco exigentes e me chamou atenção a foto. Enfim, algum tempo depois chego em casa e como de costume ligo o televisor na Mtv (que na época ainda tinha vergonha na cara e tocava clipes, mas isso é assunto para outro post) tocava um ritmo bem black, e uma voz que realmente não parecia de uma inglesa loira, puro soul... Era o clipe do Super, Duper, Love. Logo queria conhecer mais músicas e, com um maior conhecimento da obra, logo virou um dos sons que sempre gostava de escutar. Uma boa fase da minha vida foi embalada por suas músicas e quando escutava quase sempre pensava: Bah! Nunca que ela vem aqui para Porto Alegre, esse tipo de estilo não faria tanta cabeça assim para que isso acontecesse. Pois não é que o destino é muito irônico...

Um dia a minha namorada (sim gurias esqueçam, eu amo ela!!!) me manda um msn dizendo que haveria Show da Joss Stone aqui em Porto Alegre. Putz!!! Não acreditei, e enquanto pensava se ia ou não a Laura (minha namorada) me falou o que precisava ouvir: Tu perdeu o Lenny e o Perl Jam e se arrepende até hoje... Tu vai de qualquer jeito!!! É verdade não vou deixar passar e não vou me arrepender. E não me arrependi mesmo. Ver a Joss Stone a menos de 5 metros foi muito bom. Foi do Caralho!!! Mal acreditei quando ela entrou no palco e começou a cantar. O jeito não engana e a voz muito menos... Era ela!!! Ao aguardar o show até pensei que ela se guardaria para outros eventos maiores, mas durante o show ao perceber que todos cantavam juntos as suas músicas ela se soltou e entrou ás ganha no show, não se guardou e liberou o máximo do soul, mostrou muita simpatia e surpreendia-se a cada música com o entusiasmo do público do Sul. Não foram poucas vezes que ela parava de cantar no meio da música e se emocionava fazendo gestos de que não acreditava naquilo, até o hino do Liverpool ela cantou!!! Foi um grande momento da minha vida e nunca mais vou esquecer...

Obrigado Joss Stone e Obrigado principalmente a Laura, por ter me ensinado a não mais me arrepender por não ter feito nada.